Desenho Samuca
Desenhos do Samuel Martins Alves
quarta-feira, 13 de abril de 2016
terça-feira, 25 de junho de 2013
DIA DAS MÃES
Cinco minutos antes do ponteiro do relógio chegar às doze da noite, que daria início ao segundo domingo de maio, dia das mães, eu me lembrei da minha que já faleceu e que parecia ainda estar viva. Então, peguei uma pasta da aula de canto da Inverso que me foi cedida pela professora e resolvi cantar as duas músicas existentes nela e que se referem a mãe. A novidade é que veio um estalo em mim de cantar essas duas músicas todos os dias, não só em dedicação a minha, mas a todas as mães similares a ela, encarnadas ou desencarnadas. Similares no que tangeu a terem tido belos sonhos com o futuro dos filhos, terem tentado fazer o que acharam que era certo e o resultado ter sido errado, e terem tido uma vida não como sonhada, mais para infernais do que celestiais. A primeira música começava com “minhas mãezinhas queridas, mãezinhas dos corações,eu vos darei minha vida com toda emoção...”. Terminei a letra numa boa e passei para a segunda música “elas são as donas de tudo, elas são as rainhas do lar, elas valem mais para mim que o céu, a terra e o mar”, aí não pude continuar, porque fui tomado por um pranto convulsivo. Entre outras lembranças, lembrei-me de quando eu aos 15 anos, na cidade do Crato do Ceará, ao meio dia, a acompanhei a uma livraria e a energia, a felicidade e a satisfação que ela possuía, é difícil de se descrever. Simplesmente ela fez contrato com o dono da dita livraria para adquirir a coleção Conhecer. Naquele dia, recebi o primeiro fascículo. Aos 8 anos ela já tinha me dado a coleção infanto-juvenil, onde eu ressalto Don Quixote de La Macha, de Miguel de Servantes, é que pouco tempo depois do presente, eu um dia ia passando e ela de cabeça baixa em uma das tarefas caseiras, emitiu sons vocálicos organizados e que disseram respeito: oh Luzinho, tu é tal igual Don Quixote, aí soltou um sorriso; também tomei conhecimento sobre Sedharta Gualtama, quando ele ainda não tinha virado Buda. Lembro-me da história de vida dele, que disse respeito a ter sido um nobre que ganhou a mulher num torneio entre cavalheiros. Certo dia, saindo das cercanias do principado, assesorado por um auriga teve contato com o sofrimento e a desgraça humana em vários graus. Resultou que teve um choque tão grande que pirou, largou tudo, viveu uma vida miserável, conviveu com outros parecidos, e que hoje, provocou um estalo luminoso em mim, me proporcionou uma orientação para a vida, que tenho que fazer tudo para não me lamentar de a ter tido antes. Simplesmente fiquei deslumbrado e contaminado pela mensagem do óctuplo caminho, o qual tenta uma solução para o sofrer, a causa do sofrer, a cesação do sofrer, a liberação do sofrer. Então então, se ela não me proporcionou tudo no começo, ela me deu o início do caminho.
Não posso negar que me foi proporcionado acesso aos livros bem cedo, ocorre que eu já estava truncado, desarrumado, transtornado e mal condicionado, era gago não só no falar, como também no ler. Se naquela época uma orientação fonoaudiológica, psicológica, e nos campos das artes marciais, no que fosse de acordo com minha natureza, como um aikedo, ou amigitsu, eu tenho quase certeza, que minha biografia teria sido outra e provavelmente, para melhor. Os ensinamento fundamentais de Cristo eu vim a aceitar e dar valor depois de velho, e muita coisa foi de ressaca, foleando a bíblia e lá vieram uns estalos. Então então, contudo e sem tudo, depois que o relógio chegou as 12 horas no segundo domingo de maio, depois do choro e das lembranças, eu esclamei: “ta bom minha mãe, eu não te troco por mãe nenhuma, desejo sempre ser teu filho, contato que me gestes direito, me botes para ser educado por um Aristóteles da época e me obrigue a fazer estágio no Cabaré de Chica Branca e principalmente na casa de Chica Preta; aí, então, eu ficarei no ponto!” Saliento que passei por duas ameaças de aborto, levei 24 bolos de palmatória, porque satisfiz a vontade de uma prima, que me chamou para operá-la debaixo do sofá na casa do meu avô; ainda passei um mês de castigo, na expectativa de noite de perder os órgãos genitais dormindo agarradinho neles, pois disseram que o cão iria arrancá-los, uma coisa achei estranho é que as primas não sofreram penalidade nenhuma – depois ela se defendeu, dizendo que se não tivesse feito aquilo comigo, quem teria apanhado era ela. Conheci várias gerações da minha terra, de pessoas de classe inferior, mas que passaram pelos afagos de Chica Preta e não vi nenhum indivíduo neurótico, todos eram alegres, dispostos a trabalhar numa boa e não tinham problemas com mulheres. Então então, boa intenção demais, dentro de princípios errados, pode educar os filhos para vivenciarem infernos de natureza mística, circunstancial e contigencial que poderiam não ser obrigatórios. Eu tinha vontade de encontrar um terapeuta competente e bem intencionado, e fazermos uma recapitulação da minha vida, desconsiderando a gestação atrapalhada porque passei, visando uma saída para os tipos como eu, terem uma trajetória de vida bem mais razoável, muito menos complicada e mais dignificante, sem se pensar em extradiornalismo, para mim isso é possível, basta se despertar e praticar técnicas eficazes, que tornam a vida menos complicada e quem sabe, até se ter uma vida saudável. Entretanto, como já dizia Vaultier, “o que ocorre é o de mais razoável”. O que me resta, talvez, é fazer o que eu deveria ter feito para ter sido um funcionário da Caixa Econômica, sem criar confusão e nem cair na confusão dos outros (aos 25 anos passei no concurso da Caixa, na hora da prova de datilografia, eu estava dando o dobro dos toques solicitados, não fui fazer a prova, deixei de ser funcionário da Caixa para ter uma vida quase de mendicância com pensamentos extremados de todas as ordens e categorias, isso tudo explica. a minha problemática, os meus defeitos, a minha incapacidade de enfrentar a vida). Um tremendo sentimento de inferioridade e de sair do lamaçal, sentindo-se incapaz de construir algo diferente. De uns dias para cá, depois que passei a ter uma consciência entabulada em conhecimentos científicos dos nossos tempos e de ficar sabendo que a 2 bilhões de anos ocorreu a primeira organização de vida, e que uma certa pessoa colocou esse espaço de tempo dentro de uma visão evolutiva, na escala de 12 meses para 2 bi, constatou-se que o homem apareceu na terra nos últimos segundos de dezembro, logo, tenho uma inteligência fantástica por traz de nós, e se ela teve uma finalidade para humanidade, a que teve para comigo foi o que houve? Que me dê a capacidade de levar daqui para frente, sem botar mais pedras na minha cruz, por tudo que é sagrado, sem me lamentar.
Então então, minhas mãezinhas queridas, para quem todo dia eu canto as duas canções, o mundo não é como agente quer, nem como deve, mas se deve procurar saber no que erramos e no que ainda deveremos fazer de certo, de tentar acertar, porque o erro e o concerto são impositivos do jogo dialético responsável em grande parte pelo andar da história.
Beijos do Malogrado e Logrado Filho.
Luís Ayres Sampaio
17/06/2013
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Esquina da Loucidez
No mês de outubro recuperamos um dos bancos da Esquina da Loucidez através de mosaicos confeccinados no "Mosaico de Ideias", uma das oficinas semanais da Inverso, que ocorre todas as sextas, das 14:30 às 17:30.
Confirem agora o antes e o depois da recuperação:
Confirem agora o antes e o depois da recuperação:
A Esquina da Loucidez fica entre os blocos B e C da 408 norte, ao lado da Inverso.
Venham nos fazer uma visita e conhecer mais nossos trabalhos!!
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Meu dia: 25 de setembro de 2012
Hoje começei meu dia bem.
Fui jogar na loteria
O Sérgio me ligou às 6 da manhã.
Preocupado eu estava, mas o atendi muito bem
Seis e meia da manhã eu fui lanchar no Raimundo Lanches
Numa variante que fica parada ao lado dos táxis
Na 405 norte ao lado da área dos táxis
Depoi fui ao Pão de Açúcar da 405 norte
Colocar cartão de R$ 12,00 da claro
Depois fui conversar com os meus amigos do meu bloco D.
Fabiano José de Castro Rosa
Email: fabiano_jose@brturbo.com.br
Data: 25/09/2012
Fui jogar na loteria
O Sérgio me ligou às 6 da manhã.
Preocupado eu estava, mas o atendi muito bem
Seis e meia da manhã eu fui lanchar no Raimundo Lanches
Numa variante que fica parada ao lado dos táxis
Na 405 norte ao lado da área dos táxis
Depoi fui ao Pão de Açúcar da 405 norte
Colocar cartão de R$ 12,00 da claro
Depois fui conversar com os meus amigos do meu bloco D.
Fabiano José de Castro Rosa
Email: fabiano_jose@brturbo.com.br
Data: 25/09/2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
A OFICINA DE MOSAICO
Sei que notei a existência de uma de "mosaico das ideias" na Inverso, às sextas feiras pela manhã, dirigida pelo psicólogo Thiago. A princípio, não dei atenção. Com o decorrer, paralelamente fazendo minhas bijuterias e leituras, tive a intenção de participar; mas como vivo aprendendo na vida, hesitei... Na minha experiência de convívio de mais de 20 anos com a turma de saúde mental, tive a pessimista conclusão de que tudo que me proporcionaram era mal feito, fragmentado, desorganizado, sem princípio, meio e fim.
O certo é que a oficina perdurou. Resolvi iniciar, dei continuidade e não quero mais largar. Iniciei atrapalhado, pensando demais, querendo me antecipar, misturando história, matemática, sobrenatural e metafísica, no burilamento com os pedacinhos de mosaicos. Era uma grande dificuldade, complicação e confusão. Aí preservei, dediquei-me em outros dias da semana e o trabalho foi rendendo, as complicações desaparecendo.
Fiz um trabalho em três bandejas... Numa demorei uma semana, na segunda quatro dias, na terceira um dia e meio. Isso tudo ocorrendo de modo natural, simplesmente dava atenção ao que fazia, cumpria horário e tinha dedicação prazerosa. A capacidade de realização foi crescendo assustadoramente e os impedimentos sumindo.
Foi gratificante. O meu alejo desfechado aos sete anos não é absoluto. Está se comprovando que, com jeito, perseverança e certa ajuda, sou capacitado. Não quero é cair na filosofia desconexa do psicólogo Thiago de dar destino filantrópico às minhas obras. Acho que o capitalismo teve início há muito tempo e doente mental precisa ganhar dinheiro. Se não é trouxa de tudo. Se ele poder fazer é porque já tem o principal e precisa dar destino acertado.
O trabalho com o mosaico está sendo mais um demonstrativo de que não sou mais aquela pesso incapaz de terminar alguma obra. Passei a sentir um alvorecer no lidar com as coisas do dia-a-dia.
Escrito por Luís Aires Sampaio.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
ligligle legalize banja
Linglig legisle
Longe de lira
Povo que liga
Legalize já
Legalize já
Legalize banja.
Legal e ser total
No modo sensório
No sensorial
KOREA LIGIGILE.
FABIANO JOSE DE CASTRO ROSA
Fabiano_jose@brturbo.com.br
Data: 2 de abril de 2012.
Longe de lira
Povo que liga
Legalize já
Legalize já
Legalize banja.
Legal e ser total
No modo sensório
No sensorial
KOREA LIGIGILE.
FABIANO JOSE DE CASTRO ROSA
Fabiano_jose@brturbo.com.br
Data: 2 de abril de 2012.
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